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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

A quarta revolução mundial versus a corrupção popular - Por Eldan Nato

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Eldan Nato
O Brasil é conhecido no exterior há décadas como o país do Carnaval, dos grandes jogadores de futebol e das telenovelas. Somos o país da alegria, de um povo hospitaleiro e que faz piada da própria sorte, ou azar.

Nos últimos tempos a concepção sobre o nosso país tem mudado, e não só para os gringos, que agora veem nos jornais os números exorbitantes da nossa corrupção, mas também para nós, brasileiros, que não queremos ser mais aquele povo ordeiro e feliz, que faz piada e esquece que temos mazelas sociais para corrigirmos.

Também temos percebido o quanto nós – povo – somos parecidos com nossos “representantes”. Haverá quem diga que não quer ser julgado na mesma medida que os desonestos políticos deveriam ser, e não são. Mas quem os julga somos nós, que por meio do voto teimamos em inocentá-los e continuamos dando a eles o privilégio de continuar usufruindo o bem público e a protelação da justiça propiciada pelo cargo que a eles concedemos repetidas vezes: realmente eles não são julgados na mesma medida que somos nós. Pois para nós a condenação é: “Parabéns, você foi condenado a ter o seu corrupto de estimação por mais quatro anos”!

Quem elege um corrupto, na maioria das vezes o faz porque também é corrupto, pois quem concede seu voto em troca de qualquer elemento que não seja o ideal de ter o melhor quadro de legisladores e executivos para propiciar o bem comum, também o é. Porque somos o país do jeitinho. Somos o país do “toma lá, da cá”. Somos o país da “farinha pouca, meu angu, chibé ou pirão, primeiro”.

Esta é a regra. Existem exceções, claro. Mas elas também se submetem ao mesmo resultado que a maioria teimosamente insiste em querer. Afinal somos um país democrático (Não somos?).

A boa notícia é que a quarta revolução mundial já chegou e ela tem a ver com as pessoas, que na sua individualidade constroem uma coletividade, independente da ação do governo. Nela os quadros partidários, políticos, de esquerda ou direita, de viés comunista ou capitalista, ou qualquer tipo de fla-flu, deixam de existir. O que importa mesmo são os “nossos direitos”. E a nova administração pública daqui pra frente terá muito o que responder para estes milhões de vozes que começam com rashtag e terminam com um bloqueio de estrada, ou com um prédio público tomado.

As ruas não se calarão até que o poder público entenda que esta democracia – onde o povo humilhado, escravizado com altas cargas de impostos, que mantém uma “corte de barões”, ávidos por mais benefícios, à custa do trabalho do cidadão comum, sendo que nem o básico que é o próprio trabalho, a saúde e a educação de qualidade tem para os filhos desta plebe – não nos atende.

Temos uma nova geração de estudantes que não vão só para as ruas, mas estão ocupando seu espaço – a escola – para reivindicar seus direitos. Esta mesma moçada que briga por uma educação melhor é a mesma que está ligada full time nas redes sociais e colocam a todo momento uma rashtag com a sua abordagem. Preparem o caminho para essas crianças, elas estão na era da comunicação. E as coisas vão continuar mudando, e acelerando.

Ou nós pensamos melhor em quem queremos no poder e votamos conforme a busca dos interesses desta coletividade que defendemos o tempo todo (exceto no período da eleição), ou estaremos à beira do caos social, pois se de um lado os corruptos - inclusive o povo que os elege - continuarem defendendo apenas seus interesses e mantendo a política viciada na inoperância e no suborno, de outro lado, todos - inclusive os eleitores corruptos (eles também, por incrível que pareça), levados pela mobilização de quem não mais aceita esta falsa democracia - estarão cobrando a boa política, como se nada tivessem a ver com isso.

Eldan de Lima Nascimento (Eldan Nato) - Formado em Letras - UFPA, Pós graduado em Política e Economia Mineral - UFPA, Técnico em Mineração Cefet/RN, Supervisor de Beneficiamento na Usina do Salobo

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